Em 2019, golpe militar na Bolívia fez Evo renunciar à Presidência

Em 2019, golpe militar na Bolívia fez Evo renunciar à Presidência

Sucessor de Evo Morales, o governo de Luis Arce vê tanques e militares invadirem palácio presidencial na Bolívia nesta quarta-feira (26).
Presidente da Bolívia denuncia golpe do Exército
A instabilidade política é parte dos governos recentes na Bolívia. O governo de Luis Arce, que nesta quarta-feira (26) viu tanques e militares invadirem palácio presidencial na Bolívia, foi antecedido por o de Evo Morales, que renunciou em 10 de novembro de 2019 em meio a uma tentativa de golpe de estado.
No discurso de renúncia, Evo era pressionado por militares. Ele havia dito, mais cedo no mesmo dia , que convocaria novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgar que as eleições de outubro daquele ano haviam sido fraudadas.
No dia seguinte à renúncia, Evo viajou para o México e depois ficou refugiado na Argentina durante quase um ano, com aval do então presidente Alberto Fernandéz.
Evo só voltou ao país quase um ano depois, por meio da fronteira da Argentina para o seu país, logo após a posse como presidente de Luis Arce, que foi seu ministro da Economia, e agora lida com uma crise política similar em seu governo.
Instabilidade política em 2024
Tanques do Exército e militares armados invadiram nesta quarta-feira (26) o palácio presidencial da Bolívia. O presidente do país, Luis Arce, falou em “mobilizações irregulares”, e o ex-presidente Evo Morales, em “golpe de Estado”.
Algumas unidades do Exército foram vistas agrupadas em praças e ruas de La Paz também nesta quarta. Militares faziam guarda no palácio nesta tarde (veja imagem acima).
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales afirmou que trata-se de um golpe de Estado. Segundo Morales, um regimento do Exército colocou franco-atiradores em uma praça de La Paz. O ex-presidente acusou o ex-comandante do Exército, o general Juan José Zuñiga, recém-destituído do cargo, de estar por trás da mobilização.
O presidente de Honduras, atualmente na presidência da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), fala em golpe de estado e pediu uma reunião de emergência dos Estados membros — o Brasil é um deles.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a movimentação de militares e pediu respeito à democracia.
Evo Morales chega a cidade de Chimore, em Cochabamba, um ano depois de ter se exilado fora da Bolívia nesta quarta-feira (11).
AP Photo/Juan Karita

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