‘Momentos tensos’, diz boliviana após tentativa de golpe de Estado

Claudia Marañon, que já morou no Brasil, vive na capital La Paz. Nesta quarta (26), Bolívia sofreu uma tentativa de golpe de Estado; militares invadiram palácio presidencial. Boliviana fala sobre situação em La Paz após tentativa de golpe de Estado
A boliviana Claudia Marañon de La Barra contou ao g1 que a tarde desta quarta-feira (26) foi de tensão em La Paz, capital da Bolívia devido à tentativa de golpe de Estado no país. Segundo ela, já no começo da noite a situação aparentava ter se normalizado.
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Claudia, que fala português, morou no Brasil e se formou em relações públicas pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Em vídeo enviado ao g1, ela falou sobre o clima em La Paz.
“A gente vivenciou alguns momentos tensos pelos problemas que aconteceram hoje na cidade, porém, agora, perto das sete da noite, está tudo tranquilo. Eu moro no bairro chamada Irpav, onde está localizado o quartel do Exército, e agora está tudo tranquilo”.
Claudia disse que estava na rua quando os militares tentaram dar o golpe, mas que o controle maior por parte do Exército ficou restrito à praça sede da Presidência, que foi ocupada por militares armados e tanques.
“Na hora da tentativa do golpe tinha um pouco de controle por parte dos militares, mas está tudo tranquilo agora. As ruas estão liberadas. Na hora algumas pessoas foram para o supermercado comprar comida e outras foram sacar dinheiro”, afirmou.
Tentativa de golpe
A Bolívia sofreu nesta quarta-feira (26) uma tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-comandante do Exército do país. Tanques do Exército e militares armados chegaram a invadir o palácio presidencial, em La Paz, a antiga sede do governo que ainda funciona para atos protocolares.
A tentativa de golpe — a segunda em cinco anos no país mas que desta vez falhou — foi arquitetada pelo general Juan José Zúñiga. Zúñiga havia sido destituído do cargo de comandante do Exército após fazer ameaças ao ex-presidente Evo Morales — ele afirmou que predenderia Morales caso o ex-presidente volte ao poder. O ex-comandante terminou preso nesta quarta-feira após o ato.
Após cerca de quatro horas de tensões que incluíram um cara a cara entre o presidente, Luis Arce, e Zuñiga, o movimento foi desmobilizado por ordem de Arce, e os militares que participaram da tentativa de golpe deixaram o local, cercados por soldados que se mantiveram fiéis ao governo.
Em pronunciamento, Luis Arce destituiu também os outros dois comandantes da Marinha e da Aeronáutica, nomeou novos chefes para as três forças e ordenou a desmobilização das tropas. A Procuradoria-geral da Bolívia anunciou que abriu uma investigação contra Zuñiga e os militares que participaram da tentativa de golpe.
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