Maduro anuncia que Venezuela vai retomar diálogo com os Estados Unidos

Maduro anuncia que Venezuela vai retomar diálogo com os Estados Unidos

Presidente venezuelano disse que nova conversa está marcada para quarta-feira (3). Tentativa de reaproximação acontece a poucas semanas da eleição presidencial. Maduro em 16 de agosto de 2023
REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria/File Photo
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (1º) que vai retomar o diálogo com os Estados Unidos. Uma nova rodada de conversas está marcada para quarta-feira (3).
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
A tentativa de reaproximação com os Estados Unidos acontece em meio a sanções norte-americanas contra o setor petrolífero venezuelano. Além disso, o país tem eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
Em um programa de TV, Maduro disse que o diálogo será retomado para que se cumpra um acordo assinado com os Estados Unidos no Catar, em 2023.
O presidente venezuelano disse ainda que as conversas devem ser retomadas “com respeito e sem manipulações”. Maduro defendeu que os diálogos sejam públicos e “sem especulações”.
“Vamos debater e buscar novos acordos para que tudo seja cumprido, o que foi assinado no Catar. Quero diálogo, quero entendimento, quero futuro para nossas relações, quero mudanças, isso sim, sob a soberania absoluta e a independência”, disse.
Maduro afirmou que a retomada das conversas atende a uma proposta feita pelos Estados Unidos, aceita pela Venezuela após “pensar durante dois meses”.
LEIA TAMBÉM
‘Eleições na Venezuela não são justas ou limpas, mas vamos ganhar’: o que pensa candidato que desafia Maduro
‘Extremamente perigoso’, furacão Beryl ganha força e passa para a categoria 5
Carlo Acutis: Papa Francisco aprova canonização de ‘padroeiro da internet’
Acordo
O acordo entre Venezuela e Estados Unidos abrange a troca de prisioneiros. Em dezembro de 2023, os Estados Unidos libertaram Alex Saab — um forte aliado de Maduro e apontado como “laranja” do presidente venezuelano.
Por outro lado, a Venezuela concordou em entregar aos Estados Unidos 28 réus, 10 americanos e 18 venezuelanos.
À época, paralelamente ao acordo mediado pelo Catar, o governo venezuelano e a oposição se reuniram para acertar as condições e a data das eleições presidenciais deste ano. Como recompensa, os Estados Unidos flexibilizaram o embargo petrolífero.
Em abril deste ano, os EUA recolocaram em vigor as sanções ao petróleo da Venezuela. O governo norte-americano considerou que o governo Maduro descumpriu o acordo ao inabilitar a líder da oposição, María Corina Machado, para as eleições.
Os Estados Unidos condicionaram a retirada das sanções à habilitação de todos os opositores de Maduro para as eleições. O governo da Venezuela considerou a ação como uma forma de “tutelagem”.
VÍDEOS: mais assistidos do g1

Tags

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

About Author

Alex Lorel

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua veniam.

Tags

Ainda não há conteúdo para mostrar aqui.