Oposição alega ter havido fraude e afirma que tanto o órgão eleitoral quanto o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) servem ao presidente Nicolás Maduro. Nesta segunda (5), Edmundo González autoproclamou-se presidente eleito. Presidente Nicolás Maduro em coletiva de imprensa com jornalistas estrangeiros
Reprodução/Reuters
O chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, diz que entregou à Corte Suprema da Venezuela as atas das eleições presidenciais. O órgão eleitoral, alinhado ao atual presidente, Nicolás Maduro, indica a reeleição para um terceiro mandato.
Maduro pediu à Corte que analisasse o resultado para “certificar” o processo após denúncias de fraude da oposição.
“Entregou-se tudo o que foi solicitado pelo máximo Tribunal da República”, disse Amoroso durante a audiência, sem dar maiores detalhes. Tanto o CNE quanto o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) são acusados pela oposição de servir ao chavismo no poder.
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Maduro foi proclamado vencedor da eleição pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano na semana passada com 51,95% dos votos, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González, recebeu 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas, segundo números atualizados na última sexta (2).
O presidente da autoridade eleitoral é um aliado do presidente.
A oposição e a comunidade internacional contestam os números divulgados pelo CNE e pedem a divulgação integral das atas eleitorais. Diversos países do mundo, observadores internacionais da eleição, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia não reconhecem o resultado e pedem a divulgação das atas eleitorais. O Centro Carter, ONG que observa democracias e eleições pelo mundo, disse que a eleição “não pode ser considerada democrática”.
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González se autodeclarou presidente eleito da Venezuela nesta segunda (5). A autoproclamação de González tem caráter simbólico, porque segundo a legislação venezuelana quem tem poder legal de proclamar um novo presidente é o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), autoridade eleitoral do país.
Após a autoproclamação de González, o Ministério Público da Venezuela abriu uma investigação criminal contra o candidato e contra Maria Corina Machado pos, supostamente, atuarem “às margens da Constituição” ao “anunciar falsamente” que González foi eleito no último 28 de julho.
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Alex Lorel
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