Zelensky diz que Rússia usou míssil da Coreia do Norte em ataque a Kiev

Zelensky diz que Rússia usou míssil da Coreia do Norte em ataque a Kiev

Forças Armadas ucranianas afirmaram que drones iranianos também foram utilizados em ataques ao resto da Ucrânia neste domingo. Russía fez retaliação à invasão da ucrânia a um território russo na semana passada. Carro e telhado de casa nos arredores de Kiev após um ataque com mísseis da Rússia à capital ucraniana em 11 de agosto de 2024.
Valentyn Ogirenko/ Reuters
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de ter usado um míssil fornecido pela Coreia do Norte em um ataque a Kiev neste domingo (11).
O ataque, uma retaliação da Rússia à invasão de soldados ucranianos a uma região russa na semana passada, matou um morador da capital ucraniana e seu filho de 4 anos, segundo Zelensky.
“De acordo com informações preliminares, os russos usaram um míssil norte-coreano neste ataque — mais um ataque terrorista deliberado contra a Ucrânia”, ele escreveu nas redes sociais.
Segundo o presidente ucraniano, a Rússia disparou quatro mísseis KN-23 de fabricação norte-coreana. Ele disse que especialistas das Forças Armadas de seu país estavam analisando o fragmentos de mísseis neste domingo.
A Ucrânia já havia acusado Pyongyang de estar fornecendo armas de guerra para o arsenal russo.
Além do míssil norte-coreano, a Rússia também utilizaou 57 drones de fabricação iraniana em ataques em outras regiões da Ucrânnia neste domingo, de acordo com as Forças Armadas ucranianas.
Zelensky pediu também “um escudo aéreo completo” dos parceiros da Ucrânia e permissão para atacar profundamente a Rússia com armas fornecidas pelo Ocidente.
A Rússia ainda não havia se pronunciado sobre a acusação até a última atualização desta reportagem.
Invasão ucraniana à Rússia
Ucrânia realiza incursão em território russo
Também neste domingo, a Ucrânia reconheceu formalmente um ataque ao território russo pela primeira vez desde o início da guerra.
Zelensky admitiu que forças de seu país estão lutando na região russa de Kursk, onde soldados de Kiev fizeram uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia.
Em um dos maiores ataques ucranianos contra a Rússia durante a guerra entre os dois países, cerca de 1.000 soldados ucranianos atravessaram a fronteira russa na madrugada de 6 de agosto. Com tanques e veículos blindados e cobertos no ar por drones e artilharia, militares ucranianos surpreenderam forças russas ao norte da cidade fronteiriça de Sudzha.
Eles conseguiram destruir diversos tanques russos e renderam dezenas de soldados de Moscou, de acordo com o governo local. No mesmo dia, a Rússia afirmou que conseguiu controlar a invsão, mas a batalha continuou.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Zelesnky afirmou disse que havia discutido a operação de Kursk com o principal comandante ucraniano, Oleksandr Syrskyi.
“”Hoje, recebi vários relatórios do comandante Syrskyi sobre as linhas de frente e nossas ações para empurrar a guerra para o território do agressor”, disse Zelensky neste domingo. “A Ucrânia está provando que pode de fato restaurar a justiça e garantir a pressão necessária sobre o agressor.”
A declaração rompe com a estratégia que o governo ucraniano vinha adotando desde os primeiros relatos de contra-ataque à Rússia na guerra que já dura dois anos e meio. Kiev nunca se pronunciava sobre supostos ataques ucranianos contra alvos russos.
A ofensiva criou uma nova e inesperada frente de batalha entre os dois lados, a primeira fora da Ucrânia, fez o presidente russo, Vladimir Putin, adaptar planos e pode mudar os rumos da guerra.

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