Em Paris, se não fosse pelas mulheres, ninguém ouviria o hino brasileiro. Os três ouros do Brasil vieram de vitórias femininas. Mulheres lideram a delegação brasileira no quadro de medalhas de Paris 2024
Nas Olimpíadas, o Brasil ficou na 20ª posição no quadro de medalhas.
Tom Cruise na cerimônia de encerramento, e Los Angeles tem pela frente uma missão impossível: fazer jogos melhores que os de Paris. A cidade que se despede das Olimpíadas ousou e acertou ao se transformar em um gigantesco estádio, pondo em destaque o Rio Sena e monumentos que pertencem a toda a humanidade.
E para preencher esse cenário, uma outra decisão transformadora: buscar a equidade de gênero – o mesmo número de homens e mulheres competindo. O Brasil aproveitou essa mudança e foi além: levou mais mulheres do que homens – 163 a 126. Não foi uma escolha dos dirigentes. As atletas tiveram um desempenho melhor nas competições que deram vagas para os Jogos.
“Elas confirmaram esse potencial. Acredito que isso seja importante para o esporte brasileiro. Mas não só para o esporte brasileiro, para a sociedade brasileira. Acho que o esporte vem acompanhando o crescimento da mulher, o crescimento do potencial da mulher de liderança em várias áreas. O esporte confirmou isso também”, diz Mariana Vieira de Mello, gerente de desempenho esportivo do COB.
Definitivamente, as mulheres conquistaram espaço e, especialmente, o espacinho de pouco mais de um metro quadrado: o alto do pódio. Em Paris, se não fosse por elas, ninguém ouviria o hino brasileiro. Os três ouros do Brasil vieram de vitórias femininas.
Sem a contribuição masculina, o número de medalhas douradas caiu em relação a Tóquio. Lá, foram sete. O número total de medalhas também foi menor, uma a menos: 21 a 20.
E essa diferença só foi singular por causa dela: Rebeca Andrade dobrou o número de medalhas de três anos atrás. Dessa vez, foram uma de ouro, duas de prata e uma de bronze, que a colocaram em uma posição de ainda mais destaque no Olimpo: a de maior medalhista da história do Brasil.
O esporte é uma corrida contra o tempo em um sentido muito maior do que o cronômetro pode mostrar. As próximas medalhas estão nascendo agora. A Grécia Antiga nos ensinou que quatro anos passam voando. As Olimpíadas de Los Angeles 2028 começaram hoje.
O Comitê Olímpico do Brasil quer buscar medalhas em esportes que melhoraram os resultados e ficaram muito perto do pódio, como a canoagem slalom e o tênis de mesa.
“Passando esses Jogos Olímpicos, passando a emoção das competições, logicamente que nós vamos sentar, tentar entender o que deu certo, o que não deu certo, e traçar novas estratégias para conseguir fazer uma grande apresentação do Brasil em Los Angeles em 2028”, afirma Rogério Sampaio, diretor geral do COB.
No quadro de medalhas, o Brasil ficou em 20° lugar, abaixo das duas últimas Olimpíadas, quando tentou se aproximar do grupo dos dez primeiros. Retomar essa busca em quatro anos é a meta possível. Até porque o homem das missões impossíveis não é do Brasil. E, além disso, está ocupado preparando a casa para receber o mundo inteiro.
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Alex Lorel
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