Médicos paralisam hospitais na índia em protesto por estupro e morte de médica residente

Médicos paralisam hospitais na índia em protesto por estupro e morte de médica residente

Mais de um milhão de médicos devem se juntar a uma manifestação de 24 horas em meio ao crescente descontentamento com a violência contra as mulheres. Médicos seguram cartazes durante um protesto em um hospital em Mumbai, após uma greve nacional ser declarada pela Associação Médica Indiana
Francis Mascarenhas/Reuters
Hospitais e clínicas em toda a Índia iniciaram uma paralisação de 24 horas neste sábado (17) em protesto contra o estupro e assassinato de uma médica no Hospital Universitário RG Kar, na cidade de Calcutá, no leste do país. Segundo a Reuters, mais de um milhão de profissionais da saúde devem se unir ao movimento.
A greve interrompeu o acesso a procedimentos médicos eletivos e consultas ambulatoriais, de acordo com comunicado da Associação Médica Indiana (IMA). Os atendimentos emergenciais continuam normalmente.
“As mulheres formam a maioria da nossa profissão neste país. Pedimos segurança para elas,” disse o presidente da IMA, R. V. Asokan, à Reuters na sexta-feira (16).
O governo indiano se reuniu com representantes de associações médicas na manhã deste sábado para pressionar médicos a regressarem às suas funções.
Sobre o caso
Uma médica residente de 31 anos foi estuprada e assassinada na semana passada dentro da faculdade de medicina em Calcutá, onde trabalhava.
Investigadores convocaram vários estudantes de medicina da universidade para apurar as circunstâncias do crime. Segundo a Reuters, um suspeito está sob custódia.
A violência sexual está sob os holofotes indianos desde o brutal estupro coletivo e assassinato de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi, em 2012. O ataque deu início a uma onda de protestos e inspirou leis mais severas para crimes de abuso.
Apesar disso, ativistas de direitos humanos dizem que o governo ainda não está fazendo o suficiente para proteger as mulheres e punir os agressores.
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