López Obrador afirmou que pausará relações em retaliação a críticas de Washington à reforma judicial defendida pelo presidente mexicano. Medida, polêmica, quer fazer eleições diretas para juízes. Manifestantes protestam na Cidade do México contra reforma proposta pelo presidente Lopez Obrador.
REUTERS/Daniel Becerril
O governo mexicano anunciou nesta terça-feira (27) que fará uma pausa em seu relacionamento com a Embaixada dos Estados Unidos no México.
O presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, disse que a pausa é uma retaliação ao embaixador norte-americano no país. Segundo López Obrador, o embaixador criticou a proposta de reforma judicial apoiada pelo presidente.
A medida, polêmica, tem sido alvo de protestos e paralisações pelo país (leia mais abaixo) e propõe, entre outros pontos, eleições diretas para o cargo de juiz.
O congelamento das relações, disse o presidente, será apenas com a Embaixada dos EUA no México, e não com a totalidade do governo dos Estados Unidos — com quem mantém relações estreitas por conta da proximidade geográfica.
Ainda assim, a medida deve ser mal recebida em Washington, segundo disseram fontes da embaixada à imprensa local.
Reforma
A reforma judicial proposta de López Obrador permitirá, caso aprovada, que qualquer pessoa com diploma em direito e alguns anos de experiência como advogado seja eleito juiz. Também determina que os cargos de ministros do Supremo e do Tribunal Eleitoral serão apontados por uma votação em lista proposta pelos três poderes.
Magistrados acusam o governo de querer controlar o Judiciário com a medida e fizeram paralisação na semana passada.
Na segunda-feira (26), o embaixador dos EUA no México também criticou a proposta.
Manifestações contra a proposta também têm tomado ruas da Cidade do México nas últimas semanas.
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Alex Lorel
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