Tarek William Saab criticou falas recentes dos presidentes do Brasil e Colômbia sobre as eleições venezuelanas. Boric, do Chile, foi chamado de ‘agente da CIA’. Tarek William Saab, o procurador-geral da Venezuela, durante entrevista em 28 de agosto de 2024
Reuters
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, classificou como intromissão as falas dos presidentes do Brasil, Lula, e da Colômbia, Gustavo Petro, sobre as eleições no país. Em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, Saab afirmou que as atitudes dos dois líderes são “inaceitáveis”.
Saab é alinhado a Nicolás Maduro e abriu investigações contra opositores após o resultado das eleições de 28 de julho. O candidato Edmundo González, inclusive, será intimado para prestar depoimento pela terceira vez e pode ser preso se faltar.
No sábado (24), Lula e Petro divulgaram uma declaração conjunta cobrando a publicação das atas eleitorais, com detalhes dos resultados das eleições, pelas autoridades venezuelanas.
Ao ser questionado sobre comentários da comunidade internacional sobre as eleições venezuelanas, o procurador-geral criticou as atitudes de Lula e Petro. No sábado (24), os presidentes divulgaram uma declaração conjunta cobrando a publicação das atas eleitorais pelas autoridades venezuelanas.
“[As atitudes deles] são inaceitáveis. Quando eles tiveram problemas legais e eleitorais nas eleições deles, a Venezuela não se intrometeu. A Venezuela não disse nada”, disse.
Saab também fez críticas ao presidente do Chile, Gabriel Boric, a quem chamou de “agente da CIA”.
“A CIA lhe dá uma lista de comentários diários, e você os diz em nome da esquerda. Você não é esquerdista, você é um herdeiro da geração que veio depois de Pinochet”, afirmou Saab.
Além disso, o procurador também acusou o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, de promover golpes de Estado na América Latina.
As declarações de Saab são semelhantes a afirmações dadas por Nicolás Maduro após as eleições. Assim como o procurador-geral, Maduro também afirmou que a Venezuela não tinha interferido em assuntos internos de Brasil e Colômbia.
Procurador-geral diz que Lula e Petro se intrometem em assuntos da Venezuela: ‘Inaceitável’
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Alex Lorel
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