Dados da AFP apontam que terroristas guardam os corpos de outras 33 vítimas que morreram após serem sequestradas. Grupo está sob o poder do Hamas desde outubro de 2023. Cartaz mostra fotos de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, em foto de 1º de setembro de 2024
REUTERS/Florion Goga
Após a recuperação dos corpos de seis reféns na Faixa de Gaza pelo Exército israelense, 64 deles ainda permanecem sequestrados, e supostamente vivos, segundo uma base de dados compilada pela AFP.
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Estes reféns são usados como moeda de troca pelo Hamas para obter um cessar-fogo e a libertação de prisioneiros. Seu destino é incerto, ofuscado pelos anúncios de mortes confirmadas e corpos recuperados.
Até 2 de setembro, dos 251 reféns e corpos levados a Gaza no dia 7 de outubro de 2023, 117 foram libertados — principalmente mulheres, crianças e trabalhadores estrangeiros.
Do total, 64 seguem em cativeiro e supostamente vivos. Por outro lado, 70 morreram, sendo que os corpos de 37 foram repatriados e 33 permanecem em Gaza.
A maioria das libertações ocorreu durante uma trégua de uma semana no fim de novembro.
Dos 64 reféns que podem estar vivos, 57 são israelenses — incluindo pessoas com dupla cidadania — e sete são estrangeiros (seis tailandeses e um nepalês). Também há duas crianças no grupo.
Onze são soldados, incluindo cinco mulheres.
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Anúncios de mortos
Montagem mostra os seis reféns mortos. Na linha superior, da esquerda para direita: Hersh Goldberg-Polin, Ori Danino e Eden Yerushalmi; na linha inferior, da esquerda para direita: Almog Sarusi, Alexander Lobanov e Carmel Gat.
The Hostages Families Forum via AP
Desde o fim da única trégua da guerra, em 1º de dezembro de 2023, apenas sete reféns foram libertados em operações do Exército israelense.
Não é certo que os 64 reféns considerados vivos realmente estejam com vida.
O Hamas anunciou em 12 de agosto que seus combatentes haviam “matado um refém” em um “incidente”.
Anteriormente, o grupo terrorista anunciou vários falecimentos de reféns não confirmados por Israel, especialmente a do mais jovem mantido em cativeiro, o bebê Kfir.
Metade dos reféns mortos já estavam sem vida quando foram levados a Gaza, em outubro de 2023. Este é o caso dos corpos de 10 soldados. Outros 35 faleceram em Gaza.
No dia 15 de dezembro de 2023, o Exército de Israel matou três reféns por engano.
No domingo (1º), seis corpos foram recuperados pelas Forças de Defesa de Israel. Segundo os militares, todos foram mortos pouco antes da chegada das forças israelenses.
Nir Oz e Tribe of Nova
A maioria dos reféns que se supõe que ainda estejam em Gaza foi sequestrada no festival de música Tribe of Nova ou no kibutz de Nir Oz.
A festa rave, que contava com a participação de mais de 3.000 pessoas, acontecia perto do kibutz Reim, próximo da fronteira com a Faixa de Gaza.
Ao todo, 370 pessoas foram assassinadas naquele local pelos milicianos. Outras 44 foram sequestradas. Apenas 17 seguem supostamente vivas no território palestino. Nove foram libertadas com vida.
Nir Oz era o kibutz ao qual pertencia a maioria dos sequestrados em 7 de outubro. Foi o único onde houve mais reféns (pelo menos 74) do que mortos (cerca de 30).
Mais da metade dos reféns de Nir Oz foram libertados com vida (38), mas 20 reféns que ainda estariam vivos continuam em Gaza. Os 16 restantes morreram.
Famílias separadas
Em 7 de outubro, famílias inteiras foram transferidas para Gaza. Para elas, a trégua de novembro de 2023 representou uma mistura de alívio pelos reféns libertados e sofrimento por deixar alguns membros para trás.
Esse é especialmente o caso dos adolescentes franco-israelenses Eitan, Erez e Sahar, cujos pais, Ohad Yahalomi e Ofer Kalderon, continuam em cativeiro.
No total, 15 dos reféns que ainda estão em Gaza são parentes dos que foram libertados.
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Alex Lorel
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