Recessão na Argentina se aprofunda, com economia encolhendo mais do que o esperado

País vizinho do Brasil registrou uma contração de 1,7% na atividade no segundo trimestre deste ano. O presidente da Argentina, Javier Milei, durante participação em evento de políticos conservadores nos EUA, em 24 de fevereiro de 2024
Elizabeth Frantz/Reuters
A economia da Argentina contraiu 1,7% no segundo trimestre do ano sobre os três meses imediatamente anteriores, informou a agência de estatísticas do país na última quarta-feira (18), evidenciando um aprofundamento da recessão no país.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina também caiu 1,7% no comparativo anual, mais do que o 1,4% previsto por analistas.
Isso marca a quinta contração trimestral anualizada consecutiva da economia do país e o terceiro declínio trimestral em relação ao trimestre anterior.
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O setor agrícola chave da Argentina liderou o crescimento, com um aumento de 81,2% em relação ao ano anterior, enquanto a pesca cresceu 41,3%. No entanto, a construção civil caiu 22,2%, a manufatura, 17,4% e a atividade varejista, 15,7%, informou o INDEC.
O consumo e o investimento privado também continuaram a cair, embora a Argentina tenha reduzido suas importações e aumentado suas exportações. Os serviços financeiros, o setor imobiliário e os hotéis e restaurantes também registraram queda na atividade.
A Argentina entrou em uma recessão técnica — dois períodos consecutivos de contração do PIB na comparação trimestral — no primeiro trimestre deste ano. Ela encerrou 2023 com uma contração de 1,6%.
O governo do presidente libertário Javier Milei, que promoveu uma dura política de austeridade que prejudicou a atividade econômica e aumentou a pobreza e o desemprego, afirma que as medidas de corte de custos são necessárias para controlar a inflação mais alta do mundo, que está acima de 250%, reconstruir suas reservas internacionais e reverter anos de profundos déficits fiscais.
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