Vítimas foram atingidas no subúrbio de Beirute, informou a Reuters; tensões entre Israel e Hezbollah aumentaram desde explosões de pagers e walkie-talkies durante a semana. Bombardeio em subúrbio no Líbano
Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Ao menos 31 pessoas morreram durante ataques israelenses em Beirute, no Líbano, na sexta-feira (20), informou a agência Reuters com base em uma coletiva de imprensa do Ministério da Saúde libanês da manhã deste sábado (21).
Entre as vítimas, estão três crianças e sete mulheres. Segundo a agência, as mortes aconteceram em áreas no subúrbio de Beirute.
Mais cedo, também na sexta, tinha acontecido o maior ataque ao Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, segundo fontes do governo libanês. Em resposta, o Hezbollah disparou 150 foguetes contra o norte de Israel.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, nos ataques anteriores da sexta 14 pessoas haviam morrido e 59 ficaram feridas. Já o porta-voz do Exército de Israel disse que cerca de dez comandantes do braço de operações militares do Hezbollah foram mortos no ataque.
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Neste sábado, ainda conforme a Reuters, o líder supremo do Irã, o ayatollah Ali Khamenei, país aliado do Hezbollah, afirmou neste sábado que Israel está cometendo crimes contra crianças, e não contra combatentes.
Tensões entre Israel e Líbano
Desde o início da guerra, o Exército israelense e o Hezbollah têm trocado ataques quase diários na fronteira de Israel com o Líbano. O grupo extremista apoia o Hamas, alvo de Israel na Faixa de Gaza. Ambos os grupos são financiados pelo Irã.
Os ataques de Israel no Líbano alvejam integrantes do Hezbollah, que não fazem parte do governo do Líbano. No entanto, Beirute condenou os bombardeios. O primeiro-ministro libanês disse que o episódio desta sexta mostrou que Israel “não se importa com nenhuma questão humanitária, moral ou legal”.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as ações militares israelenses no Líbano continuarão “até o nosso objetivo final, o regresso seguro dos moradores do norte às suas casas”. Eles foram removidos pelo governo por segurança após o aumento das tensões com o Hezbollah, após o início da guerra em Gaza.
O grupo extremista culpa Israel pela série de explosões de pagers e “walkie-talkies” de membros do Hezbollah entre terça (17) e quarta-feira (18) que mataram 37 pessoas e deixaram mais de três mil feridos no Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Israel não se não se pronunciou, mas, um dia após as explosões, anunciou que estava transferindo o foco de suas ações militares para o norte do país, perto da fronteira com o sul do Líbano.
Esta reportagem está em atualização.
Bombardeiros israelenses matam 31 pessoas no Líbano; 3 crianças estão entre vítimas, diz agência
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Alex Lorel
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