Na outra ponta da tabela, estão as graduações com menor porcentagem de formados trabalhando: história, relações internacionais e serviço social. Medicina é o curso com maior parcela de egressos trabalhando na área de formação
Reprodução/Pixabay
Cursos nas áreas de saúde e de informática registraram os maiores índices de brasileiros que estão trabalhando na própria área de formação, mostra um levantamento produzido pelo Instituto Semesp entre agosto e setembro deste ano.
O estudo considerou as respostas de 5.681 egressos do ensino superior, tanto da rede pública quanto da privada, em todos os estados do país.
🩺Na liderança, está a graduação em medicina — 92% das pessoas que têm esse diploma exercem atividades remuneradas relacionadas ao que estudaram na universidade. Em seguida, aparecem: farmácia (80,4%), odontologia (78,8%), gestão da tecnologia da informação (78,4%) e ciência da computação (76,7%). Veja ranking completo mais abaixo.
“São áreas que têm maior número de vagas de emprego e menor oferta de mão de obra especializada”, afirma Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp.
“Há uma demanda ainda muito grande no Brasil por médicos, sobretudo nas regiões mais afastadas dos grandes centros. E TI [tecnologia da informação] é o mercado que mais cresce, mas que ainda enfrenta falta de profissionais com formação superior.”
⚗️Na outra ponta da tabela, estão os cursos em que uma parcela significativa dos egressos até está trabalhando, mas em uma área que não é a de formação (seja por mudança de interesse ou falta de oportunidade).
O caso mais crítico é o de engenharia química: mais da metade dos formados (55,2%) atua em outro campo profissional. Segundo Capelato, há duas explicações para isso:
crise financeira – a área acaba dependendo dos ciclos econômicos do Brasil e de projetos da indústria química para gerar mais empregos;
maior atratividade em outras carreiras – como o curso oferece um currículo interdisciplinar, os profissionais da engenharia química conseguem recorrer a mercados que oferecem salários mais altos, como os da área financeira.
💰Diferença salarial: Mas engenharia é um ponto fora da curva. Em geral, os egressos que estudaram até a graduação e que trabalham na própria área de formação recebem, em média, 27,5% a mais do que aqueles que atuam em um campo diferente do estudado na faculdade.
Trabalham na área de formação: média de R$ 4.494
Trabalham fora da área de formação: média R$ 3.523
TOP 10 – Cursos com maior empregabilidade
😃Foram considerados apenas os egressos que estão trabalhando na área em que se formaram:
Medicina (92% de empregados)
Farmácia (80,4% de empregados)
Odontologia (78,8% de empregados)
Gestão da tecnologia da informação (78,4% de empregados)
Ciência da computação (76,7% de empregados)
Medicina veterinária (76,6% de empregados)
Design (75% de empregados)
Relações públicas (75% de empregados)
Arquitetura e urbanismo (74,6% de empregados)
Publicidade e propaganda (73,5% de empregados)
Cursos com maiores índices de formados trabalhando fora da área de formação
🧑💼Veja a porcentagem de alunos que estão empregados, mas atuando em outro campo (por exemplo, alguém com licenciatura em matemática que vá trabalhar em um banco ou como motorista de aplicativo):
Engenharia química (55,2% de empregados em outra área)
Relações internacionais (52,9% de empregados em outra área)
Radiologia (44,4% de empregados em outra área)
Engenharia de produção (42,4% de empregados em outra área)
Processos gerenciais (41,2% de empregados em outra área)
Gestão de pessoas/RH (40,5% de empregados em outra área)
Jornalismo (40,4% de empregados em outra área)
Biologia (40,0% de empregados em outra área)
Química (38,9% de empregados em outra área)
História (36,8% de empregados em outra área)
Sem empregos
😨A seguir, veja quais graduações registraram os índices mais altos de formados que NÃO estão exercendo atividades remuneradas:
História (31,6% de desempregados)
Relações internacionais (29,4% de desempregados)
Serviço social (28,6% de desempregados)
Radiologia (27,8% de desempregados)
Enfermagem (24,5% de desempregados)
Química (22,2% de desempregados)
Nutrição (22% de desempregados)
Logística (18,9% de desempregados)
Agronomia (18,2% de desempregados)
Estética e cosmética (17,5% de desempregados)
Entre as principais dificuldades listadas pelos desempregados, estão a falta de experiência na área, os salários baixos oferecidos pelas empresas e a ausência de vagas de trabalho.
Vídeos
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Alex Lorel
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