Abbas Araqchi, ministro das Relações Exteriores iraniano, afirmou que mundo vai enfrentar ‘consequências catastróficas como nunca’ caso crise no Oriente Médio não seja controlada. Irã diz que não ficará indiferente em caso de guerra total
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse que o país não ficará indiferente em caso de uma guerra total entre Israel e Hezbollah. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (25), logo após a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Oriente Médio.
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Pouco antes, o enviado de Israel nas Nações Unidas disse que o Irã era a “aranha no centro da teia da violência” no Oriente Médio. Para ele, não haverá paz na região até que “a ameaça seja desfeita”.
Abbas rebateu as declarações, acusando Israel de promover uma campanha genocida. O iraniano disse que os militares israelenses estão repetindo com o Líbano o que fizeram na Faixa de Gaza.
“Os líderes israelenses devem entender que seus crimes não ficarão impunes. O caminho para a desescalada está claro. Israel deve parar imediatamente seus ataques a Gaza e ao Líbano”, disse.
Segundo Abbas, o Oriente Médio está “à beira de uma catástrofe em larga escala”. O chanceler disse ainda que o mundo enfrentará “consequências catastróficas como nunca” caso a crise não seja controlada.
“O Conselho de Segurança deve intervir para restaurar a paz e a segurança. O Irã alertou sobre as consequências dos atos maliciosos de Israel na região. A comunidade internacional não pode ignorar o papel dos Estados Unidos e seus aliados em permitir as atrocidades de Israel”, afirmou.
Questionado sobre o apoio ao Hezbollah, Abbas afirmou que o Irã só apoia o grupo extremista em casos de defesa do Líbano e dos cidadãos libaneses.
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Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, em 25 de setembro de 2024
REUTERS/David Dee Delgado
Israel x Hezbollah
Israel afirmou que está conduzindo uma operação militar na fronteira com o Líbano para que moradores da região possam voltar para casa. Esses israelenses deixaram a área por causa de ataques do grupo extremista Hezbollah, que atua no Líbano.
Hezbollah e Israel possuem um histórico de desavenças, que já resultou em uma guerra em 2006. O conflito na região voltou a se intensificar em outubro de 2023. À época, o grupo terrorista Hamas invadiu Israel, o que resultou na morte e sequestro de civis.
Em resposta, Israel declarou guerra contra o Hamas e bombardeou a Faixa de Gaza. Desde então, o Hezbollah vem lançando foguetes contra Israel para demonstrar apoio ao grupo terrorista e aos moradores de Gaza.
Na semana passada, pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram em uma ação coordenada. Em seguida, Israel anunciou que estava movendo tropas para a região de fronteira com o Líbano.
Israel também lançou uma série de bombardeios contra o Líbano, justificando que estava atacando estruturas do Hezbollah.
Diante disso, a ONU levantou preocupações sobre uma guerra total no Oriente Médio.
“O Líbano está à beira do precipício. O povo do Líbano, o povo de Israel e o povo do mundo não podem permitir que o Líbano se torne outra Gaza”, disse o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.
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Alex Lorel
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