Cerca de 50 pessoas que precisaram ir ao telhado do Hospital do condado de Unicoi foram resgatados por helicóptero. Passagem de fenômeno por estados dos EUA deixou 40 mortos e mais de 4 milhões de imóveis sem luz. Pacientes e funcionários de hospital no Tennessee são resgatadas no telhado
Cerca de 50 pacientes e funcionários de um hospital no Tennessee, nos EUA, precisaram se refugiar no telhado do edifício após enchente causada pela passagem do furacão Helene pelo estado nesta sexta-feira (27).
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O nível da água, que chegou quase ao teto de ambulâncias do Hospital do condado de Unicoi, não permitiu a evacuação de 11 pacientes e outras 43 pessoas. Eles foram forçados a sair do interior do prédio e esperar pelo resgate no telhado. (Veja no vídeo acima)
O hospital fica na divisa com a Carolina do Norte, um dos 4 estados atingidos pelo Helene, que deixou 40 mortos e mais de 4 milhões de imóveis sem luz durante sua passagem pelos EUA –o furacão foi rebaixado à condição de tempestade tropical na tarde desta sexta. (Leia mais abaixo)
As condições da enchente, causada pelo transbordamento do rio Nolichucky, dificultaram os esforços de resgate:
A água estava muito perigosa para os barcos enviados pela Agência de Gerenciamento de Emergências do Tennessee, por isso os pacientes e funcionários foram levados ao telhado. O resgate ocorreu com um helicóptero da Polícia Estadual da Virgínia, que conseguiu pousar no telhado após outros helicópteros não conseguirem chegar ao local devido aos ventos da tempestade –três helicópteros da Guarda Nacional, com capacidade para içamento, estavam a caminho, segundo autoridades.
“A água subiu mais rápido, trazendo mais detritos do que era seguro para operar com os botes que transportavam as pessoas de um ponto seco de volta ao hospital”, disse Patrick Sheehan, diretor de operações de emergência do Tennessee.
Segundo autoridades locais, todas as estradas que levam ao hospital estavam intransitáveis devido às inundações.
Após o resgate, o sistema de saúde Ballad, que administra o hospital, informou que todos os pacientes e funcionários estão seguros.
Pacientes e funcionários presos no telhado de hospital no Tennessee em meio a enchente causada pela passagem do furacão Helene pelo estado em 27 de setembro de 2024.
NewsNation via AP
Passagem do furacão Helene nos EUA
Policial diante de casa destruída pelo furacão Helene na Flórida nesta sexta
Gerard Herbert/AP
O furacão Helene, que tocou o solo dos Estados Unidos na quinta-feira (26), já deixou 40 mortos em quatro estados do país, informaram autoridades locais nesta sexta-feira (27). A velocidade dos ventos, ao tocar o solo, foi estimada em 225 km/h.
As mortes ocorreram na Flórida, na Geórgia, no Alabama, na Carolina do Sul e na Carolina do Norte. Além disso, mais de 4 milhões de imóveis, entre casas e comércios, ficaram sem energia.
Na manhã desta sexta, o fenômeno deixou a Flórida e seguiu pelo estado da Geórgia. O furacão também foi rebaixado à condição de tempestade tropical.
VÍDEO: Velejador e cachorro ficam à deriva no meio de furacão nos EUA, mas são resgatados
Momento em que velejador e seu cachorro são resgatados após ficarem à deriva por passagem de furacão.
Reprodução/ g1
Antes de chegar aos Estados Unidos, o furacão havia subido para a categoria 4, numa escala que vai até 5. Isso indicava que o fenômeno era “extremamente perigoso”, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
O Helene gerou alertas de estragos e inundações repentinas que se estendiam muito além da costa leste do país, alcançando o norte da Geórgia e o oeste da Carolina do Norte.
Além dos EUA, o furacão atingiu o México na quarta-feira (25). Por lá, o fenômeno provocou inundações e derrubou árvores. A região turística de Cancún, por exemplo, foi atingida.
Já em Cuba, o Helene deixou mais de 200 mil casas e empresas sem energia.
Furacão Helene provoca estragos em Boone, na Carolina do Norte, nesta sexta-feira (27).
Jonathan Drake/Reuters
Furacão Idalia
O Helene chega aos EUA pouco mais de um ano após o furacão Idalia atingir a Flórida e causar danos generalizados. Idalia se tornou uma categoria 4 no Golfo do México, mas tocou o solo como categoria 3 perto de Keaton Beach, com ventos máximos sustentados próximos a 201 km/h.
Áreas 160 km ao norte da linha entre a Geórgia e a Flórida esperavam condições de furacão. A maioria dos distritos escolares públicos da Geórgia e várias universidades cancelaram as aulas. Aeroportos foram fechados, e voos cancelados.
Toques de recolher foram impostos em muitas cidades e condados no sul da Geórgia, incluindo Albany, Valdosta e Thomasville.
“Esta é uma das maiores tempestades que já tivemos,” disse o governador da Geórgia, Brian Kemp.
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Alex Lorel
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