Líder supremo do Irã diz que morte de chefe de Hezbollah ‘não ficará sem vingança’

Líder supremo do Irã diz que morte de chefe de Hezbollah ‘não ficará sem vingança’

Ali Khamenei disse Líbano fará Israel “se arrepende de duas ações e que é obrigação de todo muçulmano apoiar o povo do Líbano e o Hezbollah “com quaisquer meios que tenham”. Líder supremo do irã, o aiatolá Ali Khamenei, em reunião com equipe do presidente Masoud Pezeshkian, em Teerã, na terça (27)
Escritório do Líder Supremo do Irã/via AP
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse neste sábado (28) que a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, que comandava o Hezbollah desde 1992 e foi morto por Israel ontem, “não ficará sem vingança, informou a agência de notícias Reuters.
O Irã, que apoia e financia o Hezbollah, decretou luto oficial de cinco dias pela morte de Hassan Nasrallah.
As Forças de Israel e o Hezbollah confirmaram que Sayyed Hassan Nasrallah morreu após o ataque israelense de sexta-feira ( 27), nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano.
Mais cedo, o Khamenei já havia dito que o Líbano fará Israel “se arrepender” dos ataques em série promovidos contra o país desde semana passada,
Khamenei disse que é obrigação de todo muçulmano apoiar o povo do Líbano e o Hezbollah “com quaisquer meios que tenham” e ajudar a confrontar o “regime usurpador, opressivo e perverso” de Israel.
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Os bombardeios de Israel ao Líbano, segundo o governo do país, têm como alvo o grupo extremista Hezbollah — que nasceu no Líbano, mas é financiado pelo Irã e aliado do Hamas. No entanto, os ataques já deixaram mais de 700 mortos e provocaram o maior êxodo de libaneses desde a guerra de 2006.
“Pela graça de Deus, o Líbano fará o inimigo invasor, perverso e desacreditado (de Israel) se arrepender de suas ações”, disse.
Há um grande temor pelo mundo de que o Irã se envolva nesta nova etapa da guerra no Oriente Médio para combater o avanço de Israel contra os países árabes.
Neste sábado, sirenes soaram em Tel Aviv e em outras áreas do Centro de Israel devido a um míssil lançado do Iêmen pelas forças houtis, segundo agências de notícias. Os rebeldes houtis, assim como o Hezbollah, são financiados pelo Irã. O míssil balístico teria sido interceptados pelos sistemas de defesa, e não há relatos de feridos.
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O líder do Irã afirmou que o destino da região “será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”.
“Todas as forças na região estão ao lado e apoiam o Hezbollah. Deixe os criminosos saberem que eles são muito insignificantes para causar qualquer dano grave à forte estrutura do Hezbollah no Líbano”, disse Khamenei.
Khamenei também disse que Israel “não aprendeu nenhuma lição com a guerra criminal de um ano em Gaza”.
Os conflitos começaram em 7 de outubro do ano passado, quando o grupo extremista Hamas atacou uma festa rave em Israel e outros pontos do país, deixando mais de 1.200 mortos e sequestrando centenas de israelenses.
Israel passou a atacar a Faixa de Gaza na sequência, alegando que o alvo eram integrantes do Hamas. No entanto, os ataques que ocorrem desde então devastaram a região da e deixaram mais de 40 mil palestinos mortos, a grande maioria de civis.
Em apoio ao Hamas, o Hezbollah também começou a atacar Israel ainda no ano passado. O conflito entre o exército israelense e o grupo libanês permanece desde então, mas se intensificou na semana passada, após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque.

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