Nasseryn vive com o pai e a avó em Beirute, mas em bairros diferentes. Os familiares estão próximos ao bairro de Bashoura, que foi atacado na noite desta quarta-feira (2). Brasileira relata ataque próximo a região em que o pai está, no Líbano.
Uma brasileira que vive em Beirute, no Líbano – país que está sofrendo com bombardeios do governo de Israel – teme pela vida de familiares que vivem em uma região que está sendo fortemente atacada.
Nasseryn, o pai e a avó estão em cidades diferentes. Os familiares estão próximos a Bashoura, que sofreu um ataque na noite desta quarta-feira (2), pelo horário de Brasília.
“Não paro de tremer, fiquei sabendo que bombardearam uma região próxima a cidade onde meu pai e minha avó estão. Entrei em pânico, ligava para ele e ele não atendeu- já comecei a pensar no pior. Até que ele atendeu e disse que, por enquanto, estavam bem”, diz
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Ataques de Israel em Beirute nesta quarta-feira (2).
Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Israel lançou novos ataques em Beirute, no Líbano, na madrugada de quinta-feira (3), pelo horário local — noite de quarta-feira (2) no Brasil. Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês. Segundo as Forças de Defesa de Israel, ataques de precisão estão sendo lançados contra o grupo extremista Hezbollah. Explosões foram reportadas nos subúrbios ao sul de Beirute, além da região central da capital.
Nos últimos dias, Israel lançou uma série de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em Beirute. Além disso, os militares mantêm uma frente de batalha no sul do país, na região de fronteira.
Entenda o conflito
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando “uma nova fase na guerra”.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por meio de um bombardeio em Beirute.
Israel lançou uma operação terrestre no Líbano “limitada e precisa” contra alvos do Hezbollah, no dia 30 de setembro.
Em 1º de outubro, o Irã atacou Israel como resposta à morte de Nasrallah e outros aliados do governo iraniano.
Veja onde fica o Líbano
Arte/g1
Brasileira relata terror após região em que familiares estão, no Líbano, ser bombardeada: ‘Entrei em pânico’
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Alex Lorel
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