Da história da Amazônia aos incêndios criminosos: como as queimadas podem cair no Vestibular Unicamp

Da história da Amazônia aos incêndios criminosos: como as queimadas podem cair no Vestibular Unicamp

Para sair bem nas questões, o pulo do gato é saber fazer conexão entre o desenvolvimento predatório que o Brasil teve ao longo dos anos e o agravamento das intervenções humanas no meio. Entenda como as queimadas podem cair no Vestibular Unicamp
As queimadas, que mudaram paisagens nos últimos meses e têm devastado boa parte do território nacional, certamente serão tema na prova da primeira fase do Vestibular Unicamp 2025, segundo o professor de geografia do Oficina do Estudante, Daniel Simões.
Com recorde de incêndios em 2024, o assunto pode aparecer no teste com questões sobre a Amazônia, o desequilíbrio da umidade regional e global, o desenvolvimento predatório, o agravamento das intervenções humanas no meio e o efeito nos biomas.
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Incêndio na Amazônia
Adriano Machado/Reuters
História da Amazônia e sua importância
🌳 Segundo Daniel, para se sair bem nas questões, os estudantes precisam saber sobre:
a importância da Amazônia como grande banco de carbono mundial;
a importância da Amazônia no fornecimento da umidade da atmosfera, como os rios voadores, que já caíram muitas vezes nas provas;
e como essa importância reflete no Estado de São Paulo.
Simões destaca que é essencial que o estudante tenha conhecimento da história de como o Brasil lidou com a Amazônia nos últimos anos. “A gente sempre viu a Amazônia como uma barreira ao progresso, uma floresta densa, de clima hostil, que parecia inapta à agricultura, à economia. Havia uma ideia de colonizar a Amazônia, de amansar a terra. Até hoje temos a ideia de que a preservação é uma ameaça ao progresso”, explica.
Além disso, as queimadas na Amazônia também podem aparecer na prova do vestibular, exigindo que o aluno faça uma relação entre a perda da vegetação, a maior exposição de solo às ações erosivas e, consequentemente, a redução da própria fertilidade do solo. “Além de todo o desequilíbrio do ciclo de umidade nacional e até global. Estamos falando de um ecossistema que responde pelo equilíbrio do mundo”.
Incêndios criminosos, terras indígenas e reservas extrativistas na prova
Um outro aspecto que pode ser exigido dos alunos na prova é a questão dos incêndios criminosos. “Existe um certo setor do agronegócio – importante destacar que não é todo o agro – que ainda vê a floresta como um empecilho ao seu avanço econômico”.
“E normalmente essa ocupação da Amazônia tem uma sequência que começa com a atividade madeireira – para extrair as árvores de maior valor – e aí para depois você ter o incêndio para pastagem. Depois, a lavoura. Acho que é importante o aluno notar esse processo”, detalha.
Para o professor, quando se trata deste tema, também é essencial que o estudante saiba sobre as comunidades originárias – indígenas, quilombolas e caiçaras – que fazem um uso sustentável dos recursos. Como exemplo, Simões destaca o caso da extração do látex, que precisa da floresta de pé.
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