Israel diz que mostrará força para o Irã ‘em breve’ e afirma considerar ‘todas as opções’ se diplomacia falhar

Em entrevista, embaixador israelense na ONU disse que Irã está vulnerável. Pentágono está discutindo com Israel resposta ao ataque iraniano. O embaixador israelense nas Nações Unidas, Danny Danon, discursa em uma reunião da Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York, no dia 13 de agosto
Mike Segar/Reuters
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que o país irá mostrar sua força e determinação ao Irã “em breve”. Ele garantiu que Israel precisará considerar “todas as opções” caso a diplomacia falhe. As afirmações foram feitas durante entrevista à rede americana CNN, nesta quinta-feira (3).
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Israel se prepara para responder a um ataque do Irã. Na terça-feira, cerca de 200 mísseis foram disparados contra o território israelense e cruzaram os céus de cidades importantes, como Tel Aviv e Jerusalém.
Desde então, o governo israelense promete fazer o Irã pagar pelo ataque. Por outro lado, representantes iranianos já afirmaram que qualquer resposta resultará em grande destruição.
À CNN, Danny Danon afirmou que o Irã é vulnerável e que Israel avalia a melhor forma de ataque.
“Temos muitas opções. Então, cabe a nós decidir onde e quando queremos atacar, mas eles estão vulneráveis. Eles sabem disso”, disse.
O embaixador israelense também afirmou que o Irã está construindo estruturas nucleares e defendeu que medidas sejam adotadas contra o país.
“Por quanto tempo o mundo ocidental deve esperar?”, questionou. “Se a diplomacia falhar, temos que considerar todas as opções.”
O Pentágono disse que está discutindo com Israel uma possível resposta ao ataque do Irã, mas se recusou a fornecer detalhes.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que é contrário a um bombardeio contra estruturas nucleares iranianas.
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O ataque do Irã
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O Irã lançou mísseis contra Israel na terça-feira (1º). Uma ação do país era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado na capital do Irã. O governo iraniano responsabilizou as autoridades israelenses pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
Nos últimos dias, o Irã voltou a prometer uma resposta à Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e de Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
O Irã é um importante aliado do Hezbollah, que é considerado grupo terrorista por Estados Unidos e Israel. O grupo extremista e os militares israelenses aumentaram as tensões nos últimos dias, que resultaram em trocas de ataques e bombardeios no Líbano, com mais de 1 mil mortes.
Na noite desta terça-feira, pelo horário local, mísseis iranianos cruzaram os céus de Tel Aviv e Jerusalém, em Israel. As autoridades israelenses afirmaram que grande parte dos artefatos foi abatida. Além disso, o sistema de defesa Domo de Ferro operou para interceptar as ameaças iranianas.
Diante do ataque, os militares israelenses emitiram uma ordem para que a população procurasse por abrigos e bunkers. Sirenes de aviso tocaram por todo o país. O espaço aéreo também foi fechado.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada. A agência de notícias estatal iraniana afirmou que alguns artefatos atingiram locais controlados por Israel no território palestino da Cisjordânia.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O chefe do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o ataque iraniano não atingiu nenhuma infraestrutura estratégica de Israel. Além disso, não há relatos de mortes.
O governo do Irã disse que, após o envio de mísseis, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido e a salvo.
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