Itamaraty condenou decisão do governo de Israel, anunciada nesta quarta. Nova frente do conflito no Líbano já deixou 2 mil mortos e 6 mil feridos, segundo Ministério da Saúde do país. O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota nesta quinta-feira (3) na qual afirmou condenar a decisão do governo de Israel de declarar o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, “persona non grata”.
No comunicado, o Itamaraty acrescentou que a medida prejudica os esforços internacionais por um cessar-fogo na região.
O conflito já levou à morte de cerca de 2 mil pessoas, entre civis e integrantes do grupo extremista, e deixou mais de 6 mil pessoas feridas, segundo levantamento do Ministério da Saúde do Líbano.
“O governo brasileiro lamenta e condena a decisão do governo de Israel, anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, de declarar o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres como ‘persona non grata’. Tal ato prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio”, afirmou o governo.
Quinta-feira começa com novos bombardeios de Israel a Beirute
Lula também é ‘persona non grata’ em Israel
Além de Guterres, o presidente Lula também foi declarado “persona non grata”pelo governo israelense.
Na ocasião, Lula comparou o que acontecia em Gaza – com a morte de milhares de civis em meio ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas – ao que o regime nazista de Adolf Hitler fez com os judeus, o que gerou uma crise diplomática entre os dois países.
Na prática, ao declarado “persona non grata” pelo governo de Israel, Antonio Guterres se torna uma pessoa que não é bem-vinda no país. Segundo o regime de Benjamin Netanyahu, o secretário-geral da ONU também está proibido de entrar no país.
“O ataque do governo de Israel a uma organização que foi constituída para salvar a humanidade do flagelo e atrocidades da II Guerra Mundial e para proteger os direitos humanos fundamentais e a dignidade da pessoa humana não contribui para a paz e o bem-estar das populações israelense e palestina e afasta a região de uma solução pacifica”, afirmou o Itamaraty.
O governo brasileiro acrescentou, ainda na nota, que a reafirma a importância da ONU nos esforços pelo cessar-fogo na região.
Líderes mundiais tentam evitar conflito entre Irã e Israel
Íntegra
Leia abaixo a íntegra da nota:
O governo brasileiro lamenta e condena a decisão do governo de Israel, anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, de declarar o secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, como “persona non grata”.
Tal ato prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio, da libertação imediata e incondicional de todos os reféns e de um processo que permita a concretização da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.
O ataque do governo de Israel a uma Organização que foi constituída para salvar a humanidade do flagelo e atrocidades da II Guerra Mundial e para proteger os direitos humanos fundamentais e a dignidade da pessoa humana não contribui para a paz e o bem-estar das populações israelense e palestina e afasta a região de uma solução pacífica.
Ao manifestar sua solidariedade ao Secretário-Geral António Guterres, o Brasil reafirma a importância das Nações Unidas, notadamente de sua Assembleia Geral e de seu Conselho de Segurança, nos esforços pelo cessar-fogo e por uma solução de dois Estados.
Decisão de Israel de declarar secretário-geral da ONU ‘persona non grata’ prejudica esforços de cessar-fogo na região, diz Brasil
Tags
About Author
Alex Lorel
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua veniam.
Deixe um comentário