Medida anunciada pelo Departamento do Tesouro americano nesta sexta (11) amplia restrições aos setores petrolífero e petroquímico iranianos: 16 entidades e 17 embarcações ligadas aos setores foram bloqueadas. Um sistema de mísseis iraniano é exibido ao lado de uma faixa com uma foto do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e do falecido líder do Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, em uma rua de Teerã.
Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via Reuters
Os Estados Unidos ampliaram nesta sexta-feira (11) as sanções contra os setores de petroleiro e petroquímico do Irã, em resposta ao ataque com mísseis iraniano contra Israel no início de outubro. Agora, qualquer pessoa ou empresa relacionados a esses setores da economia iraniana serão alvos de sanções, informou o governo Biden.
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A medida anunciada pelo Departamento do Tesouro dos EUA adiciona o setor de petróleo e petroquímico a uma ordem executiva existente que visa setores-chave da economia do Irã, com o objetivo de negar ao governo os recursos financeiros necessários para apoiar seus programas nuclear e de mísseis.
“Esta ação intensifica a pressão financeira sobre o Irã, limitando a capacidade do regime de gerar receitas energéticas essenciais para desestabilizar a região e atacar parceiros e aliados dos EUA”, disse o Tesouro americano em comunicado.
“As novas designações de hoje também incluem medidas contra a ‘Frota Fantasma’ que transporta o petróleo ilícito do Irã para compradores ao redor do mundo”, disse Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.
Com isso, o Departamento do Tesouro designou 16 entidades e identificou 17 embarcações como propriedades bloqueadas, citando seu envolvimento no transporte de produtos de petróleo e petroquímicos iranianos em apoio à Companhia Nacional de Petróleo do Irã, segundo o comunicado do órgão americano.
As 16 entidades bloqueadas nesta sexta (11) são de diferentes países: Malásia, China, Hong Kong, Ilhas Marshall, Panamá, Libéria, Suriname, Índia e Emirados Árabes Unidos.
Segundo Sullivan, as medidas “ajudarão a negar ainda mais ao Irã os recursos financeiros usados para apoiar seus programas de mísseis e fornecer suporte a grupos terroristas que ameaçam os Estados Unidos, seus aliados e parceiros.”
Sanções dos EUA a diversos setores da Economia do Irã são aplicadas desde o século XX, sob a justificativa de limitar ameaças que as capacidades do adversário do Oriente Médio representariam ao país. O setor petrolífero iraniano é alvo de medidas do Tesouro americano desde 1995. Em junho, os EUA aplicaram novas sanções contra o programa nuclear do Irã. Após o ataque de mísseis e drones iraniano contra Israel em abril, novas sanções foram impostas pelos EUA e o Reino Unido.
Simultaneamente às sanções anunciadas pelo Tesouro americano, o Departamento de Estado tomou medidas para interromper o fluxo de dinheiro para os programas de armas do Irã e seu apoio a “proxies e parceiros terroristas”. Foram impostas sanções a seis entidades envolvidas no comércio de petróleo de Teerã e foram identificados seis navios como propriedades bloqueadas.
Setor petrolífero do Irã em foco
Israel prometeu responder ao ataque com mísseis do Irã em 1º de outubro, que foi realizado em retaliação aos ataques israelenses no Líbano e em Gaza e ao assassinato de um líder do Hamas no Irã.
Biden disse que Israel deve buscar alternativas ao ataque aos campos petrolíferos do Irã –uma retaliação israelense poderia visar instalações petrolíferas ou nucleares do rival regional.
Países do Golfo estão fazendo lobby em Washington para que Israel não ataque instalações petrolíferas, pois temem que suas próprias instalações possam ser alvos de grupos armados aliados ao Irã caso o conflito se intensifique no Oriente Médio, disseram três fontes do Golfo à Reuters.
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Alex Lorel
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