Grupo de monitoramento eleitoral relatou violações durante a votação de sábado (26). Partido Sonho Georgiano recebeu mais de 54% dos votos na eleição parlamentar. A presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, vota durante as eleições de 2024
Vano Shlamov/AFP
O partido governista Sonho Georgiano recebeu mais de 54% dos votos na eleição parlamentar da Geórgia no sábado, informou a comissão eleitoral neste domingo, embora o resultado tenha sido contestado pelos partidos de oposição.
O resultado, com mais de 99% das urnas apuradas, foi um duro golpe para os georgianos pró-Ocidente. Eles haviam ido às urnas encarando o pleito como uma escolha entre um partido governista que aprofundou laços com a Rússia e uma oposição que pretende acelerar a integração com a União Europeia.
Salome Zurabishvili, presidente da Geórgia, disse neste domingo (27) que não reconhece o resultado e que o país teria sido vítima de uma operação especial russa.
Três missões de monitoramento distintas — a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), composta por 57 nações; os grupos sem fins lucrativos norte-americanos National Democratic Institute (NDI) e International Republican Institute (IRI); e um grupo de monitoramento eleitoral georgiano relataram violações significativas durante a votação de sábado.
As violações, incluindo o enchimento de urnas, suborno, intimidação de eleitores e violência física perto das seções eleitorais, podem ter tido impacto sobre os resultados, disseram os grupos neste domingo.
No entanto, as três missões de monitoramento não chegaram a dizer que as eleições foram fraudadas ou falsificadas — alegações que os grupos de oposição reiteraram neste domingo.
“Continuamos expressando nossa profunda preocupação com o retrocesso democrático na Geórgia”, disse Antonio López-Istúriz White, chefe da delegação do Parlamento Europeu para a missão da OSCE.
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Alex Lorel
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