‘Filme de terror’, ‘acabou tudo’: brasileiros descrevem como estão ruas de Valência, na Espanha, após pior enchente do século

‘Filme de terror’, ‘acabou tudo’: brasileiros descrevem como estão ruas de Valência, na Espanha, após pior enchente do século

Em vídeos, os moradores de duas cidades na província de Valência, uma das mais atingidas, mostram as vias com lamas, veículos revirados e relatam racionamento de água e comida. Sobe para 158 número de mortos na Espanha
Lama nas ruas e carros amontoados nas ruas dão a dimensão da intensidade da chuva que atingiu Valência, província da Espanha mais afetada pela tragédia na terça-feira (29).
O pior desastre do século 21 no país deixou 158 mortos até o final da manhã desta quinta (31), segundo as autoridades locais.
O brasileiro Flávio Resende Júnior vive em Torrente, em Valência, há cinco anos. Onde ele mora a devastação foi menos intensa do que no município de Paiporta, onde ele foi ajudar outros brasileiros e registrou alguns momentos de como está a situação.
“Acabou tudo. Essa daqui foi uma das zonas mais afetadas. A gente tem muito amigo brasileiro que perdeu casa e carro”, disse Flávio.
Em um dos momentos, ele mostrou um local com muita lama, dois carros revirados e autoridades iniciando a limpeza do local. “Está parecendo filme de terror. Carro por todo lado, agora o pessoal está começando a limpar, tentando achar corpos”, completou.
Flávio também contou que os mercados estão sendo saqueados. “A polícia não tem mais controle de nada. Esse bairro não tem luz, não tem água. Então o pessoal está entrando nos mercados e pegando tudo.”
Carros empilhados no bairro de La Torre, no sul da cidade de Valencia, em 30 de outubro de 2024.
Alberto Saiz/ AP
Destruição em Aldaya
Já a também brasileira Vanessa Duarte Gouveia mora no município de Aldaya e não acreditou quando viu, pela janela de casa, a tempestade na terça (29). Ela é cabeleireira e perdeu parte do salão de beleza. “Nunca imaginava ver isso”, disse.
“Esta é a realidade do nosso bairro. Aqui é a rua da minha casa, os carros destroçados, as pontes bloqueadas. Muita sujeira, aqui estamos um colaborando com outro como podemos. Sem dormir, racionando água e comida.”

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